metafizica

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O livro mais lido e mais influente de Kant é a "Crítica da Razão Pura" (1781), que resulta de uma experiência de pensamento notavelmente simples. Ele disse: tente imaginar alguma coisa que existe fora do tempo e que não tem extensão no espaço. A mente humana não pode produzir tal ideia. Tempo e espaço são formas fundamentais de percepção que existem como estruturas inatas da mente. Nada pode ser apercebido excepto através destas formas, e os limites da física são os limites da estrutura fundamental da mente. Na perspectiva de Kant, há, por isso, o conhecimento "a priori" de algumas coisas (espaço e tempo), uma vez que a mente tem de possuir estas categorias por forma a poder compreender a massa sussurrante de experiência crua, não-interpretada que se apresenta às nossas consciências. Em segundo lugar, ela remove o mundo real (a que Kant chamou o mundo numenal ou númeno) da arena da percepção humana - uma vez que tudo o que percepcionamos é filtrado através das formas de espaço e tempo, nós não podemos "conhecer" verdadeiramente o mundo real. Kant denominou a sua filosofia crítica de "idealismo transcendental". Apesar da interpretação exacta desta frase ser contenciosa, uma maneira de a compreender é através da comparação de Kant no segundo prefácio à "Crítica da Razão Pura" da sua filosofia crítica com a revolução de Copérnico na astronomia. Kant escreve: "Até aqui, foi assumido que todo o nosso conhecimento deve conformar-se aos objectos. Mas todas as nossas tentativas de estender o nosso conhecimento de objectos pelo estabelecer de qualquer coisa "a priori" a seu respeito, por meios de conceitos, acabaram, nesta suposição, por falhar. Temos pois, por tentativas, que ver se temos ou não mais sucesso nas tarefas da metafísica, se supusermos que os objectos devem corresponder ao nosso conhecimento" [Bxvi]. Tal como Copérnico revolucionou a astronomia ao mudar o ponto de vista, a filosofia crítica de Kant pergunta quais as condições "a priori" para que o nosso

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