metabolismo secundarios
Lázaro E. P. Peres
1
METABOLISMO SECUNDÁRIO
Lázaro E. P. Peres Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz lazaropp@esalq.usp.br
1. INTRODUÇÃO
2. COMPOSTOS FENÓLICOS
3. TERPENOS
4. ALCALÓIDES
5. IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA
6. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
7. BIBLIOGRAFIA
______________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO
Uma das características dos seres vivos é a presença de atividade metabólica. O metabolismo nada mais é do que o conjunto de reações químicas que ocorrem no interior das células. No caso das células vegetais, o metabolismo costuma ser dividido em primário e secundário.
Entende-se por metabolismo primário o conjunto de processos metabólicos que desempenham uma função essencial no vegetal, tais como a fotossíntese, a respiração e o transporte de solutos. Os compostos envolvidos no metabolismo primário possuem uma distribuição universal nas plantas. Esse é o caso dos aminoácidos, dos nucleotídeos, dos lipídios, carboidratos e da clorofila.
Em contrapartida, o metabolismo secundário origina compostos que não possuem uma distribuição universal, pois não são necessários para todas as plantas.
Como conseqüência prática, esses compostos podem ser utilizados em estudos taxonômicos (quimiosistemática). Um exemplo clássico são as antocianinas e betalainas, as quais não ocorrem conjuntamente em uma mesma espécie vegetal (Fig.
1). As betalainas são restritas a dez famílias de plantas, pertencentes a ordem
Caryophyllales, que conseqüentemente não possuem antocianinas. Como a beterraba
(Beta vulgaris) pertence a uma dessas famílias (Chenopodiaceae), a coloração avermelhada de suas raízes só pode ser atribuída à presença de betalainas, e não às antocianinas, como erroneamente costuma se pensar.
Metabolismo Secundário
Lázaro E. P. Peres
2
Figura 1. Exemplo de dois compostos do metabolismo secundário que podem ser utilizados em taxonomia. A betacianidina é um