Mercosul

3 Introdução A integração regional através do Mercosul foi uma decisão política. Não teve na sua origem e até recentemente, uma maior preocupação com o desenvolvimento combinado da região. Além de economias desiguais, oligopolizadas e em fase de expansão internamente, a integração foi entendida como uma ampliação dos mercados internos dos países participantes do bloco. O modelo de desenvolvimento via substituição de importações estava esgotado e neste sentido, a criação do Mercosul foi determinante para o incremento das atividades comerciais na região. Atualmente, além do aumento das operações comerciais entre Brasil e Argentina, o avanço da agenda para integração regional proporcionou o surgimento de algumas empresas binacionais, fundos de convergência econômica, bancos de financiamento e fomento a infraestrutura regional, assim como o investimento externo intrapaíses cresceu de forma significativa. Entretanto, ainda que as iniciativas acima busquem reduzir as assimetrias existentes entre os dois países, as políticas destinadas as cadeias produtivas seguem pontuais, quando não raras. O Brasil tem-se revelado líder e entusiasta pela integração, mas o sentimento entre os demais países segue sendo de competição e ameaça, principalmente do lado argentino. Concomitantemente, do lado brasileiro nota-se insatisfação com as constantes objeções e reveses a integração impostos pela Argentina. Somente os setores mais dinâmicos e amadurecidos das duas economias tem se integrado a nível de fornecimento, mas tímido na integração das cadeias produtivas, vital para a consolidação deste processo. Também percebe-se que os movimentos de integração tem contemplado pouco a pequena e média empresa. Observa-se que, para que os demais setores se coloquem a favor da integração, resultados positivos, palpáveis e abrangentes se fazem necessários no curto prazo. As diplomacias de Brasil e Argentina tem feito esforços para avançar na integração regional, mas sem dar muita luz as