memorias de Adriano- patientia

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MEMÓRIAS DE ADRIANO- PATIENTIA

PATIENTIA

Patientia em latim significa sofrimento e capacidade de aguentar. Virtude estóica por excelência.
Escreve o imperador em seus últimos dias, seguindo os preceitos da filosofia estóica que sempre o nortearam. Nesse capitulo Adriano relata o seu sofrimento, e a vontade de deixar de viver por não suportar tamanho sofrimento.Todos os pretextos pareciam bons para afastar a hora da luta noturna. A morte parecia a mais pessoal de suas decisões. O supremo reduto de homem livre, enganava-o . Para o pequeno grupo de amigos devoto que o cercavam, o suicídio parecia prova de indiferença ,e ingratidão talvez.
Por uma íntima contradição, a obsessão da morte cessou de se impor ao seu espírito só quando os primeiros sintomas da doença vieram a lhe distrair. Recomeçou a interessar-se pela vida que o abandonava. Nos jardins de Sídon, quis apaixonadamente usufruir do seu corpo alguns anos mais. Desejava morrer, mas não queria sentir a asfixia; a doença acabava por fazer desgostar da morte; então passou a desejar a cura — o que é uma maneira de querer viver.
Temia morrer no banho, ou entre braços jovens. Funções que no passado eram fáceis, ou mesmo agradáveis, tornam-se humilhantes desde que passaram a ser penosas; cansado do vaso de prata oferecido todas as manhãs ao exame do médico.
A obsessão da morte reapoderou-se, mas agora as causas eram visíveis, confessáveis; seu pior inimigo não conseguiria sorrir diante delas.
Seria necessário preparar o seu suicídio com as mesmas precauções do assassino que planeja seu crime. No desespero pede a dois homens de sua confiança que o matem, acabando os dois por finalizar a sua vida com o fim e não cumprirem tal ordem.
Pensou inicialmente no seu chefe de caçadas, Mastor, que seguia-o há anos com uma dedicação de cão de guarda. Aproveitou- se então de um momento de solidão para chamá-lo e explicar-lhe o que esperava dele: a princípio, não compreendeu. Súbito, a luz se fez; o

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