matriz argumentativa- mal estar na civilização
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A felicidade pelo princípio do prazer não é possível. A satisfação do prazer não faz o homem mais feliz e sim mais insatisfeito, pois não há limite para que o homem se sinta satisfeito. Além disso, o prazer alheia as durezas da vida e pode causar sofrimento por poder gerar decepções. Desta forma, o homem que busca felicidade através de prazeres se torna vicioso, governado por paixões e perde autonomia, em detrimento da fuga da dor. Ademais, a felicidade é gerada pela satisfação repentina de necessidades represadas. Por isso, o homem somente sente satisfação quando há contrastes e assim, é necessário que haja falta para que se tenha o prazer, como a satisfação de comer quando há fome. Com isso, mostra-se que o homem não consegue ser feliz enquanto tem necessidades que estão impedidas. Mesmo com o avanço tecnológico, que submete a natureza, o homem não deixou de estar insatisfeito: as pessoas continuam angustiadas e cada vez mais sem tempo, posto que equipamentos que deveriam otimizar o tempo e facilitar a vida das pessoas, ao invés de aprimorar a vida das pessoas trouxe mais uma superlotação de tarefas sem que o tempo permita fazer tudo ao mesmo tempo. A religião também é uma forma que as pessoas criaram para perder o medo da morte, gerando uma falsa felicidade. Ela pode ser caracterizada como um delírio em massa, no qual muitas pessoas asseguram-se da felicidade que distorcem a realidade, criando ilusões para ter a falsa segurança de uma vida feliz após a morte. Assim, pode-se afirmar que a religião que os homens criaram para alcançar a felicidade é uma mera ilusão para que se possa aceitar as dores do mundo terrano. Freud também cita que o corpo é a fonte de sofrer, o que é bastante adequado com a realidade, uma vez que os homens trabalham porque necessitam, não por satisfação e isso acaba gerando sofrimento. Portanto, chega-se a conclusão que a realização da felicidade pelo prazer não é possível e que o homem ao procurar alternativas para a