Materiais Cerâmicos

MATERIAIS CERÂMICOS
Os materiais cerâmicos podem ser definidos como sendo materiais inorgânicos e não metálicos formados por compostos de elementos metálicos (Al, Na, K, Mg, Ca, Si, etc) e não metálicos (O, S, N, C e P), ligados quimicamente entre si por ligações total ou predominantemente iônicas, possuindo ainda algum caráter covalente. Originalmente o termo era aplicado apenas às porcelanas e cerâmicas, o que tem sido mudado ao longo do tempo, devido as suas características fundamentais.
A palavra cerâmica vem do grego "keramos", que significa coisa queimada indicando que as desejáveis propriedades destes materiais são normalmente encontradas através de um processo de tratamento térmico de alta temperatura, denominado queima.

ESTRUTURAS CRISTALINAS DAS FASES CERÂMICAS
A estrutura dos materiais cerâmicos pode ser extremamente complexa à medida que um número elevado de átomos, com diferentes funções, pode formar a mesma. Tal estrutura é determinada pela natureza das ligações atômicas presentes, bem como as características dos elementos envolvidos.
Elas podem ser subdividas em dois grandes grupos: Simples ou ainda comuns e complexas, com destaque para os seguintes tipos de estrutura: Perosvquita, coríndon, espinélio e grafita.
Perosvquita: Possui fórmula estrutural igual a . Sua grande maioria é cúbica, sendo denominada perovskita ideal. Outras são distorções da rede cúbica (como tetragonal, ortorrômbica e romboédrica, por exemplo).
A perovskita ideal possui um cátion maior, tão grande quanto o ânion. O cátion maior está coordenado a 12 ânions e está no centro de um cubo cujos vértices estão ocupados pelos cátions menores. Estes cátions menores formam octaedros com os ânions e estes octaedros estão interconectados através dos vértices. Os cátions maiores ocupam o interstício destes octaedros.
Várias perovskitas apresentam propriedades dielétricas. O titanato de bário é um destes casos. Contudo, estas propriedades só se manifestam abaixo de 120ºC,