massacre do carandiru

910 palavras 4 páginas
Colégio Virgílio Capoani

Massacre do Carandiru

Larissa Caroline valerio

11 de março de 2014
Na tarde de 2 de outubro de 1992, trezentos e vinte cinco policiais militares armados com metralhadoras, fuzis e pistolas automáticas – sem insígnias e crachás de identificação – invadiram o pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo. 111 detentos foram assassinados na operação.
A invasão do presídio pela polícia foi motivada por uma briga entre internos. Segundo denúncias feitas, posteriormente, ao Ministério Público, apesar do tumulto e de sinais de fogo, não havia perigo de fuga. A PM foi chamada. Com a chegada da polícia ao local, os detentos começaram a jogar estiletes e facas para fora, demonstrando que não resistiriam à entrada da força policial. Faixas nas janelas indicavam um pedido de trégua. Mesmo assim, a ordem foi: invadir. Na ação da polícia, 111 pessoas foram mortas. Nenhum policial. 103 detentos foram alvejados por armas de fogo, com tiros dados na cabeça e tórax, quando já estavam recolhidos em suas celas.
O governo, apesar de saber que o número de mortos excedia 100 pessoas, divulgou o número de mortos na chacina só após o final das eleições municipais, quando as urnas estavam fechadas, já no final da tarde de domingo, dia 2. Dez anos depois, em 2002, o responsável pela coordenação da operação, o Coronel Ubiratan Guimarães, foi eleito deputado estadual em São Paulo com o número 14.111, em clara alusão ao número de mortos no massacre.
No dia do massacre, o Carandiru abrigava 7.257 detentos, mais que o dobro da sua capacidade. Hoje, 20 anos após a chacina, o Brasil tem mais de 550 mil pessoas presas. Neste intervalo, o mote da política penitenciária brasileira tem sido a construção de mais presídios. Na mesma medida em que estes são construídos, são ocupados, lotados e superlotados. Favorecendo a expansão no número de vagas em vez de políticas desencarceradoras reais, o resultado é que, em quinze anos, entre 1995 e 2010, a

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