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Como vimos, a produção capitalista de facto só começa quando o mesmo capital individual emprega simultaneamente uma superior quantidade de operários, portanto, [quando] o processo de trabalho alarga o seu volume e fornece o produto numa superior escala quantitativa. O actuar de uma superior quantidade de operários, ao mesmo tempo, no mesmo espaço (ou, se se quiser, no mesmo campo de trabalho), para a produção do mesmo tipo de mercadorias, sob o comando do mesmo capitalista, forma histórica e conceptualmente o ponto de partida da produção capitalista. Com respeito ao próprio modo de produção, a manufactura, p. ex., mal se distingue, nos seus inícios, da indústria corporativa artesanal, a não ser pelo maior número de operários simultaneamente ocupados pelo mesmo capital. A oficina do mestre de corporação é apenas alargada.
A diferença é, portanto, em primeiro lugar, meramente quantitativa. Vimos que a massa da mais-valia que um dado capital produz é igual à mais-valia que o operário singular fornece, multiplicada pela quantidade dos operários simultaneamente ocupados. Essa quantidade, em si e por si, nada modifica na taxa da mais-valia ou no grau de exploração da força de trabalho e, com respeito à produção de valor em mercadorias em geral, qualquer modificação qualitativa do processo de trabalho parece indiferente. Isto resulta da natureza do valor. Se um dia de trabalho de doze horas se objectivar em 6 sh. então 1200 desses dias de trabalho objectivar-se-ão em 6 sh. x 1200. Num caso, incorporaram-se aos produtos 12 x 1200, no outro, 12 horas de trabalho. Na produção de valor, muitos contam apenas como muitos singulares. Para a produção de valor, não faz pois qualquer diferença que 1200 operários produzam isoladamente ou unidos sob o comando do mesmo capital.
Contudo, dentro de certos limites, dá-se porém uma modificação. Trabalho objectivado em valor é trabalho de qualidade social média, portanto a exteriorização de uma força de trabalho média. Uma magnitude

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