Marketing social
Só com o aparecimento da Internet em 1993, para fins comerciais, e com o desenvolvimento da World Wide Web (WWW ou Web) é que foi exequível o início da era da Economia Digital. Para muitos, este fenómeno teve um impacto superior ao da Revolução Industrial tendo em conta o seu crescimento exponencial (Viana & Hortinha, 2005). Passou de 495 milhões para 2.265 milhões de utilizadores em apenas 10 anos - entre 2001 e 2011 (Internet User Statistics, 2012). Como tal, a Internet tornou-se numa ferramenta deveras importante e com elevado valor acrescentado quer para os consumidores ou cidadãos - ex. disponibilidade de informação, partilha com outras pessoas, etc -, quer para empresas ou instituições - ex. redução de custos, maior interatividade, marketing na internet, etc - (Viana & Hortinha, 2005). Ao longo dos anos, a linguagem web evoluiu da versão 1.0 (estático), em que os conteúdos e aplicações das páginas eram somente de leitura, ou seja, não existia interatividade do utilizador com a página, para a versão 2.0. Esta é o oposto da versão inicial, destacando-se pela dinâmica da interatividade e participação do utilizador na estrutura e conteúdo da página web. Para além disso, com o seu aparecimento, os utilizadores começaram a partilhar comentários, imagens, vídeos e outros conteúdos que a Web 1.0 não permitia (Kaplan & Haenlein, 2010). O conceito de Marketing Social já vigora desde 1971, sendo descrito como “o design, implementação e controlo de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das ideias sociais, envolvendo considerações de planeamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing” (Kotler & Zaltman, 1971). Mais tarde, à definição sobredita, vários autores refutaram-na (Andreasen, 1994), surgindo então outras conceções de Marketing Social, como sendo a “determinação das necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvo, fornecendo as satisfações desejadas de forma mais eficaz e eficiente do que os