Marcando Épocas

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ojetos"), tem similaridades com o modelo orgânico de instituições de pesquisa proposto por Burns e Stalker (1961). Sua estrutura de poder, sendo descentralizada, permite aos pesquisadores participação em muitas tomadas de decisão. Isso provoca uma difusão de influência que, segundo Pelz e Andrews (1976), contribui para aumentar a produção científica. Estes autores verificaram que são as estruturas hierárquicas mais "achatadas", que permitem mais contatos e mais decisões em equipe, que determinam um clima mais propício à criatividade. Ao contrário, foi nas instituições de pesquisa com estruturas organizacionais muito verticais que eles encontraram pouca produtividade científica.
Este modelo orgânico, argumenta Hage (1982), torna os indivíduos mais visíveis e, portanto, o controle do seu comportamento é mais exercido por pressão do grupo técnico ou equipe interdisciplinar do que pelos gerentes. Assim, se os gerentes de pesquisa desejam exercer plenamente sua autoridade, ela deve resultar mais de sua competência técnico-científica do que do poder a eles concedido pela instituição. Por outro lado, o gerente pode utilizar, a um nível "micro", a capacidade de controle exercida pela equipe (aprovação social) como um meio de recompensar e motivar o pesquisador. Ao nível "meso", ainda lhe resta a possibilidade de utilizar do poder burocrático-organizacional, já discutido anteriormente, de que dispõem as tecnoburocracias para poderem recompensar os pesquisadores mais produtivos.
Poderia ser questionado que o aumento do controle sobre o comportamento do cientista reduziria sua autonomia e, conseqüentemente, sua criatividade. Contudo, a literatura sobre o assunto descreve resultados de pesquisa que não apontam para esta direção. Pelz e Andrews (1976) relatam, em suas investigações, que a mais alta produtividade científica está sistematicamente relacionada à presença de um nível de coordenação exercida sobre os pesquisadores. Parece que alguma quantidade de coordenação,

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