Manuseio de materiais explosivos
Explosivo é a substância, ou a mistura de substâncias químicas, que tem a propriedade de, ao ser iniciado convenientemente, sofrer transformações químicas violentas e rápidas, transformando-se em gases, que resultam na liberação de grandes quantidades de energia em reduzido espaço e tempo. O explosivo utiliza essa energia para arrancar o maciço rochoso que está adiante dele, no sentido da fase livre ou de menor resistência.
Devido à alta temperatura de detonação, o volume atingido pelo explosivo pode chegar a aproximadamente 18.000 vezes o seu volume inicial.
Após a detonação, uma onda de choque percorre a rocha com uma velocidade de 3.000 a 5.000 m/s.
Ao chegar à frente livre da bancada, a onda de choque tende a arremessar o material da superfície por um efeito semelhante ao que acontece com uma série de bolas de bilhar: ao golpear-se a primeira das bolas, o choque é transmitido por todas, sem que se movam do lugar, sendo somente a última da outra extremidade projetada para frente.
Evolução dos Explosivos
Pólvora Negra
A pólvora foi o primeiro passo para o desenvolvimento de quase uma centena de produtos hoje em dia conhecidos. Sua origem provável é de uma mistura de nitrato de potássio com materiais combustíveis.
A pólvora Negra é uma mistura de Nitrato de Potássio, KNO³(75%), Carvão (15%) e Enxofre (10%).
A primeira noticia que se tem do uso da pólvora, como explosivo industrial, data de 1627, e foi feita por Kasper Weidel em uma mina na Hungria.
A pólvora negra fornece na combustão cerca de 44% de gases e 56% de substâncias sólidas, as quais formam a fumaça após a explosão. Modernamente usa-se a pólvora sem fumaça, que é constituída de Nitrocelulose pura ou misturada com Nitroglicerina.
Nitrocelulose
A Nitrocelulose é uma mistura de vários ésteres nítricos da celulose. Descoberta em 1838 por Pelouse. De acordo com sua composição é usada em explosivos de alta importância (gelatina explosiva, pólvora sem fumaça).