Maio de 1968

753 palavras 4 páginas
Ao questionar sobre as divergências do período da revolução de maio de 1968 e as mudanças no marxismo inicia-se uma busca pelo entendimento das implicações que esta data trouxe na ordem política mundial. A simplória definição teórica do marxismo remete ao materialismo e socialismo científico. No entanto, ao adentrarmos nos contextos históricos que está inserido percebemos a presença de maiores complexidades em sua definição, principalmente partindo da análise do século XX.
Com o questionamento do autor Eric Hobsbawn em Revolução e Sexo, nos indagamos sobre qual é, de fato, o papel principal da Revolução no âmbito social e cultural, a partir da discussão do comportamento revolucionário do final da década de 60. O autor procurará explicar a diferença do termo revolução em sua concepção para sua, de certa forma, diferente atuação na década de 60. Com isso, a data de maio de 68 representou muito mais do que atos revolucionários em diferentes locais do globo. Tratava de novas concepções políticas, éticas, sexuais e comportamentais. Tais transformações serão base para a crítica de Hobsbawn. Para isso se baseará em exemplos ligados a Che Guevara e a associação dos termos revolução e sexo, como uma crença em que a sociedade fora sucumbida. Hobsbawn afirma que “não há base para a conexão instaurada na sociedade entre movimentos sociais revolucionários e a permissividade sexual em público ou outro comportamento pessoal qualquer”. Comportamento sexual é diferente de dominação política ou de exploração econômica e social, desconsiderando, segundo ele, a dos homens sobre as mulheres. E, ainda, a liberação sexual não se assemelha com a liberação política. Esta impõe estritas convenções de comportamento pessoal privado ou público.
Com o ocorrido em maio de 1968, houve certo curto circuito do marxismo, mudando suas características e tornando-se, assim, um pensamento filosófico de caráter acadêmico. Possuidor também de uma linguagem rebuscada, exótica e complexa para os

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