Macroeconomia

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De fato, o prolongamento dessa situação durante anos a fio teve como consequência a moldagem de instituições e mercados de diversas maneiras singulares. Um dos aspectos mais fascinantes e difíceis deste estado de coisas tem a ver com os riscos de intermediação entre os desejos do Tesouro e do público poupador.
Podemos ampliar o artigo incluindo a reflexão de Tomas A. Ridaut, sobre a relação do Tesouro e do público poupador, lembrando que anteriormente, as pessoas físicas compravam títulos públicos apenas indiretamente, através da aquisição de cotas de fundos de investimento. Os recursos provenientes das aplicações em fundos de investimento são utilizados pelas Instituições Financeiras para adquirir títulos públicos no mercado primário (leilões tradicionais do Tesouro Nacional) ou no mercado secundário (negociações com outros agentes).
A partir da implantação do Tesouro Direto, os poupadores ganham uma forma alternativa de aplicação dos seus recursos com rentabilidade e segurança, sem a necessidade de intermediação financeira nas negociações. Além disso, os investidores se beneficiam de poder administrar diretamente seus próprios recursos adequando os prazos e indexadores dos títulos aos seus interesses.
A instabilidade macroeconômica, os planos econômicos e a experiência de tratamento “descasado” de ativos e passivos no contexto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) criaram muitas tensões nos bancos intermediários e distribuidores das LFTs e/ou outros títulos com garantia de financiamento no overnight. Tendo em vista a conveniência sistêmica de retirar esses riscos dos balanços dos bancos, floresceu uma pujante indústria de fundos mútuos apartados dessas instituições, mas ao mesmo tempo preponderantemente patrocinados por elas, com os objetivos de carregar a dívida pública, fragmentar a tarefa em fundos individuais, tal qual depósitos à vista remunerados, pois têm liquidez diária na cota, e retirar o risco de crédito ou de preço do intermediário (banco

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