Lênin e sua contribuição as Relações Internacionais
CONTRIBUIÇÃO PARA AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Marxismo
Embora o próprio Karl Marx não tenha dedicado muita atenção ao estudo das relações internacionais, vários autores de inspiração marxista (entre eles Lênin e Trotsky) efetivaram algumas generalizações teóricas a respeito da relação entre os Estados. Segundo a teoria do materialismo histórico do próprio Marx, o sistema capitalista de produção tenderia a se universalizar, chegando a se tornar o modo de produção dominante em todo o mundo (portanto, internacional). Na teoria marxista, o capitalismo seria uma fase histórica de desenvolvimento econômico caracterizada por algumas contradições, entre elas o surgimento de duas classes sociais antagônicas, a burguesia e o proletariado, a primeira gerando lucro a partir da exploração do trabalho desta última. Nessa teoria, o papel do Estado seria o de assegurar a ordem burguesa garantindo que os trabalhadores seguissem as normas do capitalismo. Essa sociedade, contudo, seria inevitavelmente superada graças a um fenômeno conhecido como luta de classes, no qual a classe social explorada (proletariado) subverteria a ordem em seu favor após uma revolução política. Para Marx, o proletariado seria uma categoria social universal e, portanto, a teoria marxista só pode ser entendida do ponto de vista do internacionalismo.
Leninismo
Vladimir Lênin foi o primeiro a pensar as relações internacionais a partir de uma perspectiva marxista. Lênin publicou o livro Imperialismo, fase superior do capitalismo, no qual argumenta que a contradição entre nações capitalistas (para Lênin, nações "imperialistas") e nações exploradas seria essencial para a compreensão do processo revolucionário. De acordo com Lênin, o capitalismo em fase de estagnação seria caracterizado pela busca de novos mercados e novas riquezas (colônias). O autor marxista também defendeu que as nações imperialistas em busca de riquezas seriam levadas a guerras e conflitos violentos. Ao