lusiadas

Camões, n´Os Lusíadas, canta em perspetivas diferentes, Portugal e a sua história, realçando a expansão marítima e o alargamento da fé.
A epopeia Os Lusíadas celebra a acção grandiosa e heroica dos Portugueses que deram início ao grande império que se estendeu pelos diversos continentes. Ao relatar a viagem à Índia, entrecortando-a com episódios do passado e profecias do futuro, mostra a história do povo que teve a ousadia da aventura marítima, “dando novos mundo ao mundo”.
Camões dá-nos conta do heroísmo que permitiu a construção do império português.
Os Lusíadas, publicados em 1572, são a principal obra épica da Renascença. Luís de Camões, influenciados pelo mundo antigo, pelas epopeias clássicas de Homero e de Virgílio, canta o povo intrépido, história a viagem de Vasco de Gama e as descobertas, exaltando o espírito do povo português que foi capaz da formação de Portugal e da expansão imperial. Tomando o povo como herói colectivo, Camões reelabora a história, celebra o apogeu e presente a decadência do Império.Invocação (suplica da inspiração para escrever o Poema): Consiste em pedir ajuda a entidades mitológicas, chamadas Musas. Acontece várias vezes ao longo do poema, sempre que o sujeito sente falta de inspiração suficiente, seja em resultado da grandeza da tarefa que se lhe impõe, seja porque as condições são adversas. Todavia, no canto X, estrofe 145, Camões dirige-se, finalmente, à Musas (Calíope) para um lamento sincero e a confissão de “não mais” poder “cantar agente surda e endurecida”.
Predomínio, ainda, da função apelativa da linguagem, pelo uso do imperativo, do vocativo, e da repetição anafórica. Camões, nestas duas estrofes pretende que as tágides lhe deem um estilo sublime, à altura dos feitos que se propõe narrar e de forma que a escrita lusíada se torne conhecida em todo o universo. Não lhe interessa, agora, a inspiração lírica e bucólica que as Musas lhe prodigalizaram, agora voar mais alto.

Dedicatória (oferecimento da obra a D.