Lupus Eritematoso Sistemico na gravidez
Sistémico na Gravidez:
Impacto na mãe e no filho Daniel Eduardo Lourenço Alves da Cruz
Dissertação/Projecto/Relatório de Estágio
Mestrado Integrado em Medicina
Largo Professor Abel Salazar nº 2 4099-003 Porto
dlourencocruz@hotmail.com
Lúpus Eritematoso Sistémico na Gravidez: Impacto na mãe e no filho
Resumo
O Lúpus Eritematoso Sistémico é uma doença crónica auto-imune que ocorre predominantemente em mulheres na idade reprodutiva. O risco de complicações e resultados fetais adversos em gestações de mulheres lúpicas é elevado, mas uma equipa multidisciplinar experiente pode melhorar as consequências para a mãe e para o bebé. A gravidez deve ser planeada e a gestão de uma estratégia deve ser acordada em consulta com a paciente, antes da concepção. A gravidez pode causar exacerbações da doença necessitando a grávida de intervenção imunosupressiva. Não é possível prever quando ou se uma paciente terá uma reactivação da doença, no entanto a exacerbação é mais provável se a doença esteve activa seis meses antes da concepção. Agravamento da proteinúria na gravidez pode anunciar uma exacerbação, mas o diagnóstico diferencial também inclui resposta fisiológica à gravidez e pré-eclâmpsia. Uma correcta identificação das pacientes com anticorpos anti-fosfolipídeos é muito importante devido à sua potencial associação com pré-eclâmpsia, perda fetal, prematuridade ou restrição do crescimento intra-uterino, e porque o tratamento pode melhorar os resultados maternos e fetais. Corticóides, hidroxicloroquina e aziatoprina são seguras na gravidez.
O Lúpus Eritematoso Neonatal, apesar de ser raro, carrega uma mortalidade e morbilidade significativa quando o coração da criança é afectado. Ainda se aguarda por estudos de fármacos que possam ser usados profilacticamente.
O objectivo desta revisão é analisar os resultados maternos, fetais e neo-natais de mulheres grávidas com LES e a influência da gravidez nas exacerbações da doença.