Logistica Pratica

Com a proximidade da efetivação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que, pelo menos em tese, deve ser colocada em prática no início de 2014, as empresas, aos poucos, vão se adequando à nova lei. A Oi, por exemplo, anunciou este mês que está investindo R$ 10 milhões para erguer cinco fábricas que irão reciclar lixo eletrônico no Brasil.
São os novos tempos da logística reversa, processo em que a empresa se responsabiliza pelo recolhimento e reciclagem de todos os produtos fabricados por ela. Outras empresas de eletro-eletrônicos também devem tomar iniciativa semelhante.
A Oi, bem como outras operadoras, já disponibilizava sistemas de coleta de aparelhos usados em suas lojas. Só no ano passado, encaminhou mais de três mil toneladas de entulho eletrônico – aparelhos celulares, acessórios e baterias – para a reciclagem. Agora a operadora estabeleceu parceria com a empresa Descarte Certo para recolher e reciclar algo em torno de 1 200 toneladas mensalmente. Inclusive os eletrônicos que utiliza em suas operações.
Para tanto, construirá as cinco fábricas de reciclagem no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Já a Descarte Certo se encarregará da coleta dos aparelhos eletrônicos, do manejo dos resíduos e da devida reciclagem. Tudo deve estar pronto e em funcionamento até 2014.
Quanto à PNRS, em outubro do ano que vem empresas, governos e sociedade devem reunir-se e apresentar suas decisões e conclusões sobre a lei. Quando for totalmente implantada, a PNRS pretende diminuir a geração de lixo sólido, promover a reciclagem, acabar definitivamente com os lixões para implantar aterros sanitários eficientes, além de estabelecer a responsabilidade compartilhada entre todos. Isto quer dizer: eu, você, as empresas, os fornecedores das empresas, comerciantes. A sociedade, enfim.
E é bom deixar claro: quem vai pagar a conta desse novo elo na cadeia produtiva é o consumidor, já que os custos desse processo estarão embutidos nos preços dos