livre arbitrio

497 palavras 2 páginas
O problema do livre arbítrio
Colocar o problema do livre‐arbítrio é colocar um dos problemas centrais da Filosofia da Acção que pode ser formulado deste modo simples: temos ou não livre‐arbítrio?
Por não concordar com a tese de que o livre‐arbítrio seja uma ilusão, vou argumentar a favor da tese inversa – a de que temos livre‐arbítrio.
Pressupor que o livre‐arbítrio é uma ilusão leva‐nos a pressupor que o determinismo radical é verdadeiro, o que por sua vez nos leva à chamada objecção fenomenológica ao determinismo radical. Esta objecção constitui uma forte evidência racional contra aquela teoria filosófica. Passamos a expô‐la:
Não podemos deixar de pressupor o livre‐arbítrio no que diz respeito à acção humana.
Por vezes quando agimos temos a sensação de liberdade, de que o que estamos a fazer, seja discutir ou outra coisa qualquer, é espontâneo. Agir é, pois, pressupor o livre‐arbítrio. Mas a tese defendida pelo determinismo radical implica que a sensação de livre‐arbítrio seja uma ilusão, isto é, aquilo que experimentamos é um erro sistemático que não podemos corrigir, o que enfraquece a teoria, pois uma teoria que implique que fazemos um erro sistemático é menos plausível do que uma teoria que não implique esse erro sistemático. Neste caso as teorias compatibilistas – como o determinismo moderado – ou até o libertismo não implicam que o livre‐arbítrio seja um erro sistemático. Ora, isto faz com que neste ponto estas teorias ganhem vantagem em relação ao determinismo radical, o que é mesmo que dizer que ganha vantagem a tese de que temos genuíno livre‐arbítrio, ainda que limitado pelas condicionantes físico biológicas e histórico‐culturais próprias da nossa espécie.
Vivemos, até certo ponto, num universo físico determinista (com exclusão ao que parece do domínio microfísico), em que as leis da natureza e os acontecimentos anteriores determinam a posição da Lua em relação à Terra, por exemplo. E muitas das nossas acções (ou talvez mesmo

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