Livre Arbitrio, Santo Anselmo

679 palavras 3 páginas
Gilberto Lombardo Junior
Santo Anselmo. Sobre a Liberdade do Arbitrio. Santo Anselmo (resumo).

O livro é escrito em forma de diálogo entre dois personagens indentificados como Mestre (aquele que responde) e Discíspulo (aquele que pergunta). Apresenta de modo especial o tema da Liberdade do Arbítrio. Observamos estreita ligação com o pensamento de Santo Agostinho e Boécio comentados nas aulas anteriores. Podemos considerar o primeiro capítulo como programático onde fica claro o objetivo do santo que pode ser resumido nas seguintes questoes: a) investigar o que é liberdade. b) se sempre a possuímos. Anselmo busca expor uma definição de liberdade de arbítrio a partir da qual o arbítrio e a própria vontade sejam reconhecidos como livres. O santo negará uma definição de liberdade como alternativa entre o poder pecar (posse pecare) e o não poder pecar (posse non pecare), a reflexão segue a seguinte linha de raciocínio. Se a liberdade fosse o poder da alterntiva, ela não seria um atributo de Deus e dos anjos, uma vez que estes não podem pecar. “Não penso que a liberdade do arbítrio seja a potência de pecar e de não pecar. Com efeito, se fosse esta a definição dela, nem Deus nem os anjos, que não podem pecar, teriam livre arbítrio, o que não se pode dizer.”1
Assim o santo exporá uma visão de liberdade distintivamente negativa expressa na definição da liberdade do arbítrio, que determina também a definição da liberdade do arbítrio, e que é sobretudo nao sujeito à necessidade. “Pelo livre arbítrio, pecou o anjo apóstata ou o primeiro homem, porque pecou pelo seu arbítrio, que era de tal modo livre que por nenhuma outra coisa poderia ser coagido a pecar. E, por isso, é justamente repreendido, porque, com a condição de ter esta liberdade do seu arbítrio, pecou sem alguma coisa coagente, sem alguma necessidade, mas espontaneamente pecou pelo seu arbítrio, que era livre; mas não pela causa de ser livre, isto é, pelo poder pelo qual podia não pecar e não servir o

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