Literatura Árabe

"Quando tudo é destruído, o que sobra é a cultura."
Provérbio árabe

primeira pessoa de um evento descrito por, em geral, uma testemunha dos fatos. Cada hadith possui características muito peculiares que são intrínsecas a cada um de seus narradores, entre estes se destacam Abu Bakr (570-634), Umar (586-644), Aisha (614-678).
A primeira prosa árabe não surgiu por motivos literários, mas, sim, por razões de ordens religiosas e práticas, pela necessidade de compreender plenamente a revelação islâmica e pelas circunstâncias em que surgia a primeira comunidade muçulmana no Hijaz. O livro A Vida Ibn Ishaq do Mensageiro de Deus, escrito no século VII, foi influenciado pelo hadith, nessa obra, a vida de Maomé é narrada em uma ordem cronológica e com comentários mínimos do autor que se baseia em relatos daqueles que testemunharam o cotidiano do Profeta, nessa narrativa é possível encontrar três ou quatro versões de um mesmo episódio, denominados “cadeia de transmissão” do hadith, que possibilitariam ao leitor analisar a autenticidade dos acontecimentos.
Durante a época dos Omíadas, diversos escritores registraram os hábitos diários e as atividades jurídicas e religiosas árabes, sendo que, em cada uma dessas passagens é possível identificar em seus autores o método hadith de composição. Em consequência disso, o prefácio dos livros desse período, resultou numa ampla coletânea biográfica da vida do Profeta, dos notáveis de Meca, dos poetas, dos escritores, dos cientistas e dos ilustres recitadores do Alcorão. O Livro de Classes de Ibn Said e os cronistas al-Waqidi (747 - 823) e al-Baladhuri (m. 892), situados entre o final do século VII e o século IX, exemplificam as características desse fase. As obras desses cronistas foram escritas por motivos práticos, Al-Waqidi tinha por objetivo estabelecer a cronologia exata da propagação do Islã na Península Arábica e áreas adjacentes, AQUI PUNTO Y COMA por seu turno, al-Baladhuri estava interessado em