LITERATURA NA MODERNIDADE/ SUBALTERNIDADE À BRASILEIRA

3445 palavras 14 páginas
Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar os limites e contradições do projeto de emancipação da modernidade à brasileira. Classe, gênero e raça influenciaram e reforçaram uns aos outros no processo de exclusão de uma parte da população dos direitos e deveres dos cidadãos na modernização capitalista brasileira. No entanto, houve um esforço por construir a imagem de um país que se modernizava nos termos de uma democracia racial, promovida pela miscigenação, igualdade entres os gêneros, cordialidade e se abria progressivamente rumo a um futuro promissor. Palavras-chave: modernização, Brasil, opressão.

O processo de modernização capitalista que ocorre no Brasil nas décadas de 1930 e
1940 se configura pela associação de dois elementos, constituindo-se numa unidade dos contrários, entre o moderno, que cresce e se alimenta em função do atrasado, ou pré-moderno, que sobrevive na medida em que serve ao primeiro. A “crítica da razão dualista”, formulada por Francisco de Oliveira, leva em conta que o processo histórico real mostra uma simbiose e uma organicidade, uma unidade dos contrários, entre o “moderno”, que cresce e se alimenta em função do “atrasado”. Dessa forma, o subdesenvolvimento é precisamente uma
“produção” da expansão do capitalismo.
A partir da reflexão sobre a “exclusão” de uma parte da população do direito à cidadania, a o que autor vai denominar de subcidadania, e da crítica sobre a visão sociológica predominante sobre a modernização periférica, Jessé Souza vai formular uma visão alternativa sobre a modernização brasileira. Como suportes teóricos, o autor vai utilizar, de forma articulada, as reflexões de Charles Taylor e de Pierre Bourdieu sobre a configuração valorativa implícita ao racionalismo ocidental que configura um tipo específico de hierarquia social, assim como uma noção de reconhecimento social nela baseada que, supostamente universal e neutra, tende a naturalizar a desigualdade

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