Literatura Medieval

Cronições : Os Cronicões são de grande importância para o estudo da evolução da língua portuguesa, mas, sobretudo como fontes históricas. Embora ainda sem a crítica objectiva, os Cronicões fornecem-nos conhecimentos dos costumes da época e uma visão dos factos principais da História dos nossos primeiros reis. Os principais Cronicões foram publicados por Alexandre Herculano.
Hagiografias : Hagiografia é um tipo de biografia, dentro do hagiológio, que consiste na descrição da vida de algum santo, beato e servos de Deus proclamados por algumas igrejas cristãs, sobretudo pela Igreja Católica, pela sua vida e pela prática de virtudes heróicas.
A Igreja Católica considera a Hagiografia como um ramo da História da Igreja. Outras religiões, como o Budismo e o Islamismo mantém estudos equivalentes, acerca de homens e mulheres cujas biografias interessam ao culto ou à crença.
Os escritos ditos hagiográficos - ou seja, da vida dos santos - teriam iniciado ainda na igreja primitiva, através dos escritos acerca dos mártires, ganhando grande impulso durante a Idade Média, em conseqüência da expansão da Igreja Católica Romana. Reconhece-se Atanásio de Alexandria como seu primeiro escritor conhecido.
Nobiliários : Os nobiliários, também chamados Livros de linhagem eram anotações biográficas das famílias nobres e tinham um objetivo prático: alertar contra consórcios ilegítimos, incestos, perdas de direito em família, falta de reposição financeira por parte dos senhores e dos reis. Através dos nobiliários chegamos ao conhecimento de uma certa psicologia medieval. Os nobiliários se estendem do “Livro Velho” até o do conde de “Barcelos”., isso entre os anos de 1085 e 1300 dc. Este último inclui lendas como as do rei Lear, a dona com os pés de cabra, a lenda de gaia (terra) e a lenda da mulher marinha.
Muito importante é o fato de que os nobiliários ou livros de linhagens apresentavam as origens dos nomes de nobreza, que figuravam no livro de matrícula dos reis ou das cortes,