Linguística textual
Capítulo I: Análises interfrásticas e gramáticas de texto
FASE INICIAL
Entre a segunda metade da década de 60 e meados da década de 70.
● Preocupação básica da LT: estudo dos mecanismos interfrásticos.
● Fenômenos a serem explicados: a correferência; a pronominalização; a seleção de artigos; a ordem das palavras; a relação tema/tópico – rema/comentário; a concordância dos tempos verbais; as relações entre enunciados não ligados por conectores explícitos; os diversos fenômenos de ordem prosódica, entre outros.
● Orientações dos estudos: heterogêneas (ora estruturalista ou gerativista, ora funcionalista).
● Concepção de texto: segundo alguns autores:“frase complexa”; “signo lingüístico primário”; “cadeia de pronominalizações ininterruptas”; “seqüência coerente de enunciados”; “cadeia de pressuposições”.
● Relações estabelecidas entre enunciados: prioriza-se as relações referenciais, em particular a correferência (um dos principais fatores da coesão textual).
● Texto como resultado de um “múltiplo referenciamento”.
● Estudo das relações referenciais limitado: aos processos correferenciais (anafóricos e catafóricos).
● Os fenômenos remissivos não correferenciais, as anáforas associativas e indiretas, a dêixis textual e outros (que constituem hoje alguns dos principais objetos de estudo da LT) eram pouco mencionados até então.
● A possibilidade de retomada anafórica de porções textuais de maior ou menor extensão era pouco considerada.
● Muitos estudos sobre os tipos de relações (encadeamentos) que se estabelecem entre enunciados.
● Pesquisas concentradas nos recursos de coesão textual.
● Coerência entendida como mera propriedade ou característica do texto.
AS GRAMÁTICAS DE TEXTO
● Surgem as gramáticas textuais, por analogia com as gramáticas da frase.
● Tarefas básicas das GT:
a) verificar o que faz com que um texto seja um texto, ou seja, determinar seus princípios de constituição, os fatores