Lingua Egito Antigo

A Língua no Egito Antigo
Nos primórdios da escrita, a linguagem não era bem o que se denomina nos dias atuais de “ALFABETO”. Foram encontradas na região de Abidos cerca de 3200 anos a.C. algumas etiquetas juntamente com vasos, que provavelmente diziam respeito ao conteúdo dos vasos, a procedência e o destino que tinham. Para representar essas informações foram usados PICTOGRAMAS, que por sua repetitividade tem por “convenção” um entendimento de língua.
Após algum tempo, cerca de 2700 a.C. foi desenvolvida a “escrita sagrada”, os Hieróglifos, que eram usadas pelos altos membros da sociedade egípcia (sacerdotes, escribas e alguns nobres) para a realização dos rituais sagrados (e pelos escribas somente, para fazer seus trabalhos de geógrafos, historiadores, médicos, etc). As escritas das Pirâmides e das Tumbas Particulares, por exemplo, eram hieróglifos.
Como forma de facilitar a seus trabalhos, os escribas desenvolveram outra forma de se escrever por volta de 1900 a.C. A escrita “hierática” que não deixa de ser sagrada, mas passa a ser mais cursiva que os símbolos hieroglíficos, e eram muito utilizadas não somente para os ritos sagrados, mas também para ajudar na rapidez do cotidiano.
O “demótico”, que surge em torno de 600 a.C. é mais uma vez um desenvolvimento da escrita, mas que desta vez não serve para os rituais sagrados, e sim para uma linguagem mais cotidiana, como por exemplo as cartas, por ser ainda mais fácil e cursiva que o próprio hierático. Escrita essa que teve em sua formação uma influência direta dos gregos.
Nesta fase da antiguidade egípcia percebe-se a evolução da escrita por dois vetores: O hieróglifo sagrado dos sacerdotes, e o “profano” demótico do cotidiano, que se desenvolvem de forma totalmente separada.
Após a “cristianização” do Egito, emerge a partir do terceiro século d.C. o alfabeto Copta, que seria a “versão egípcia do alfabeto grego”, tendo algumas formas do antigo demótico, e parecendo-se com o grego. Será extinto da linguagem