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O imaginário Inca

É grande o fascínio de muitos historiadores e mesmo leigos pelo estudo de civilizações antigas, sobretudo o Império Inca, que desperta curiosidade pela sua misteriosa cidade de Machu Picchu, conhecida como “a cidade perdida dos incas”. Acredita-se que os incas vieram de uma região árida e montanhosa localizada nos Andes Centrais. Dominaram o Peru, a Bolívia e o Chile, e caracterizavam-se por uma sociedade baseada na agricultura. A subsistência baseava-se em plantações de milho, feijão e batata, e, além disso, o algodão e o tabaco auxiliavam no comércio. Sua capital era a cidade de Cuzco e o idioma falado era o Quíchua. No entanto, o que mais chama atenção na história incaica é o que diz respeito à religião. Dentre os vários deuses do panteão inca, Viracocha (refere-se a terra, a água, a costa, o baixo) e o Sol, também conhecido como Inti, (refere-se ao céu, ao fogo, à serra e ao alto) tinham uma posição de destaque, pois o primeiro era o deus criador e civilizador do universo e o Sol, deus principal e fonte da vida. Antes de tudo, é necessário entender a representação do tempo histórico para os Incas, pois estes acreditavam que o tempo histórico era pensado como cíclico, não linear, com várias humanidades que surgiram e desapareceram.

A Primeira Idade era chamada de “Homens de Viracocha”, e seu fim viria com as guerras, pestes e, sintomaticamente, com a rebelião dos objetos contra seus senhores. A Segunda Idade seria a dos “Homens Sagrados”, e seu fim foi o de arderem com o Sol. A Terceira Idade, a dos “Homens Selvagens”, chegaria ao final com um dilúvio universal. A Quarta Idade, ou a dos “Homens Guerreiros”, terminaria, paradoxalmente, com a decadência completa. Com a Quinta Idade, a “Idade dos Incas”, seria a do tempo cíclico da etnia que veio regenerar os homens e o corolário e cumprimento das quatro idades precedentes (FERREIRA, 1988, p. 56).

Assim sendo, era necessário recorre a explicações religiosas para explicar desde