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Libras.

A língua é um fenômeno social. Ela só se realiza ligada histórica e culturalmente a uma comunidade de usuários. Não existe língua se não existirem os sujeitos da língua. Isso significa que aprender uma língua vai além do aprender o conjunto de regras que a rege, aprender uma língua é mergulhar no espaço em que ela vive. Na primeira “Anotações contextuais” traremos um pouco da história, das lutas e das conquistas dos surdos. Além disso, trataremos de temas recorrentes quando o assunto é surdez. Na segunda seção, “Anotações linguísticas”, mais do que nos determos em gramaticalismos excessivos, procuraremos descrever a Libras como língua em uso. A nossa preocupação será, sobretudo, mostrar como se constitui essa língua e as suas peculiaridades de uma maneira simples, de modo que facilite o entendimento por parte daqueles que nunca estiveram em contato com uma língua de modalidade diferente da sua.

(1) O estatuto linguístico das línguas de sinais.

Apesar dos avanços da pesquisa linguística que consolidaram o estatuto das línguas de sinais como línguas naturais, ainda são comuns inúmeros equívocos quando do primeiro contato com elas. Desta forma, é necessário, para iniciar o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras), revisar alguns conceitos com a finalidade de esclarecer e desmistificar ideias relacionadas às línguas viso espaciais. (1.1) Anotações textuais.

Linguagem e língua. A preocupação com a linguagem não se restringe a limitar um objeto de estudo para a linguística, mas implica reflexões que vão dos aparatos biológicos do homem e da base biológica da própria linguagem humana até a delimitação do papel da linguagem como distintiva da natureza humana, passando por sua função comunicativa dentro do corpo social. Ou seja, não se trata apenas de definir o que é linguagem, ou o que é uma língua, mas das interpretações particulares que podem ser atribuídas a essas questões dentro de uma

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