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INTRODUÇÃO
Este trabalho procura analisar criticamente a relação entre a surdez, à linguagem e cultura na prática docente. Atualmente o Brasil depara – se com um novo paradigma o da inclusão social dos portadores de necessidades especiais na busca de uma escola para todo, sem separações de sexo, raça, classe social para uma abordagem de educação inclusiva que esta aberta para acolher as diferenças. Isso significa atentar para as mudanças e diferença dessa forma inclusão torna se um direito adquirido no cenário brasileiro.
O surdo percebe o mundo de forma diferenciada dos ouvintes, através de uma experiência visual e faz uso de uma linguagem especificas para isso a língua de sinais. Esta língua é, antes de tudo, a imagem do pensamento dos surdos e faz parte da experiência vivida, na comunidade surda é, como artefato cultural, a língua de sinais também é submetida à significação social a partir de critérios valorizados, sendo aprovada como sistema de linguagem rica e independente.
A TEMATICA DA SURDEZ EM SEU ASPECTO MÉDICO, CULTURAL E SOCIAL
Historicamente a surdez foi confundida por ser vista como “doença”, ou algo trágico que poderia transmitir aos que estivessem próximos, na Antiguidade, os gregos viam os surdos como incapazes para o desenvolvimento intelectual e moral, por isso os sacrificavam achando que eles eram castigo dos deuses, o que mostra que para os ouvintes, o problema maior não era a surdez, mas sim a falta da fala.
Na Idade Média a igreja católica acreditava que as almas dos surdos não poderiam ser consideradas imortais, porque eles não podiam falar os sacramentos, a capacidade de aprendizado dos surdos começa a ser reconhecida pelo médico italiano Girolano Cardano e surge o primeiro professor de surdos que se tem registro histórico, Pedro Ponce de Léon, que educava filhos surdos de nobres para que pudessem ser reconhecidos em seus direitos legais e Jacob Rodrigues Pereire apesar da fluência na língua de sinais, defendia a