libras

Aline Mara de Oliveira Vassoler

Aula 1
1.1 Surdez: aspectos clínicos e culturais
1.2 LIBRAS: caracterização e aspectos gerais

1. 1 Surdez: aspectos clínicos e culturais
Para compreendermos o universo da surdez, precisamos saber que existem diversos tipos de perdas auditivas. As perdas auditivas podem ser classificadas quanto ao local da lesão, à intensidade e ao grau, e se acontece em uma orelha ou nas duas (uni ou bilateral).
Algumas perdas auditivas ocorrem graças às alterações nas orelhas externa e média, por isso, são chamadas de transmissão ou condutivas. Outras perdas auditivas ocorrem devido às alterações na transmissão, ou seja, na percepção (neurossensorial) do som. As perdas neurossensoriais acontecem por causa das lesões acometidas nas células ciliadas do órgão coclear de Corti (orelha interna) e/ou do nervo coclear. Quando existem os dois tipos de problemas, condutivo e neurossensorial, a perda auditiva é denominada de mista.
Embora o termo formal utilizado para se referir as pessoas com esse tipo deficiência seja deficiente auditivo, a maneira como se referencia aqueles com perda auditiva total ou parcial ainda é polêmica.
Algumas pessoas costumam dizer ou escrever “portadora” de deficiência para o sujeito com deficiência. No entanto, o termo é incorreto já a deficiência faz parte da pessoa, ou seja, a pessoa não porta sua deficiência. O verbo “portar”, tanto como o substantivo ou adjetivo
(“portadora”) não se aplica a uma condição inata ou adquirida que está presente na pessoa
(Sassaki, 2005).
O termo mais comum e mais incorreto é o “surdo-mudo”. É inadequado, pois a pessoa que sofre de perda de audição, não significa que ela seja muda, ou seja, incapaz de falar. Já que diversos surdos são oralizados, portanto, eles emitem sons vocais.
Sabe-se que as pessoas costumam utilizar a expressão “pessoa com deficiência auditiva”, “pessoa surda” ou ”surda”. As pessoas com perda parcial da audição referem-se a si própria como