Leitura Informativa

A Literatura Informativa, também conhecida como Literatura dos viajantes, é um fragmento do Quinhentismo Brasileiro, período literário-artístico que ocorreu entre os anos de 1500 a 1601, composta por textos (cartas, relatórios, documentos, mapas) que buscavam informar as condições gerais do Brasil (a terra conquistada), as possíveis riquezas materiais (ouro, prata, ferro, madeira, etc.), a paisagem física (fauna e flora da nova terra) e humana (o povo que já habitava no Brasil, com suas características étnicas e culturais), entre outros.
Em resumo, esta manifestação expressava as visões e ambições do homem europeu sobre o Brasil, ou seja, não consideramos como uma literatura “do” Brasil, que caracterizaria o país naquele período, mas sim, como uma literatura “no” Brasil, uma literatura ligada ao Brasil, mas contava sobre ambições e intenções do “colonizador” europeu. São textos apenas descritivos e sem grande valor literário, que servem de importante reflexo das grandes navegações, além de suprir o interesse do leitor / população com relação ao Brasil nos seus primeiros anos de “descobrimento”, concedendo o fascínio das narrativas de viagem; e estes textos são fontes de pesquisa para os historiadores.
Outra característica dessa manifestação, com relação à linguagem, é o louvor a terra, com constante uso de adjetivos, em sua maioria, empregados no superlativo (belo = belíssimo, lindo = lindíssimo, entre outros.).
Os principais autores deste período são de extrema importância para nossa cultura e literatura, como por exemplo, a Carta de Caminha (“Carta ao El Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil”), que podemos considerar como a ‘certidão de nascimento’ da literatura brasileira. Este texto é um trabalho de bom nível literário e foi escrito de forma epistolar (de carta) por Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal, D. Manuel, com o propósito de narrar suas impressões pessoais em relação ao novo continente descoberto, descrevendo minuciosamente as maravilhas do