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O perigo trazido pela juventude começou a invadir as telas da mídia. A televisão começou a ser o ponto de perspectiva de onde a juventude se olhava e também aquele no qual, ela dava a ver o que se estava fazendo dela, atualizava a violência uma espécie de raciocínio, refletição ao ato. A falta de dialogo leva o outro a se reduzir a um ponto cego pelo olhar lançado sobre os jovens de acordo com o que a televisão quer mostrar.
Esses jovens eram portadores de uma espécie de dor de seu eu ser mais particular a esse tempo de adolescência, em decorrência do certo real que a psicanalise pode elucidar e que frequentemente duplica uma dor de existir, esses jovens vivem no universo dos subúrbios sem conseguir inscrever seu ser.
Os adolescentes fala á sua maneira sobre certo estado da sociedade e dos valores exibidos por ela, testemunham em seu intimo e a seu modo, uma profunda mudança. Submetidos a múltiplas forças antagônicas, onde os membros de uma geração que avança as cegas, sem perspectiva, em um mundo que lhes permanece opaco, o reflexo do que os leva ao desespero, dessa parte indizível que na adolescência, agita os corpos e os pensamentos, dos quais muitos têm vergonha sem conseguir traduzi-los a palavras.
O uso das palavras comporta um perigo e deve ser usado com prudência
, uma vez que é difícil para os jovens, pela dupla razão trazida, nomear a si próprio e traduzir em palavras o enigma de sua existência.
Esses jovens, filhos de subúrbios, apoiados em sua própria historia, e que se viravam como podiam para construir uma identidade distinta daquela de seus pais, permaneceriam praticamente ignorados, ate que se pregassem sobre eles, as suas origens e o seu futuro, dando lhes um nome.