Kramer vs. Kramer
Isso porque o filme não toma parte do pai ou da mãe, pelo contrário, ele deixa o espectador decidir pra que lado torcer. Se é possível escolher um lado para torcer numa situação como essa. Essa é sua maior força, na verdade. É com isso que ele consegue ser tão intrigante. Tomasse partido, perderia metade da sua força. Nenhum dos dois parece estar certo na situação. São dois egoístas que só querem mais tempo para si mesmos.
Nesse egoísmo, Joanna Kramer (Meryl Streep) abandona seu marido, Ted (Dustin Hoffman), com o filho do casal, Billy. “Eu não sou boa mãe para ele.”, ela diz. Ela precisa de tempo para se encontrar. Descobrir a mulher que poderia ter se tornado se não tivesse abandonado tudo para se tornar esposa e mãe. E pai e filho devem aprender a viver juntos sozinhos, tendo que conciliar o trabalho com a educação do filho, Ted finalmente se torna um pai.
Acontece que essa não é uma história de pai e filho aprendendo a viver juntos. É a história de um casal lutando pela guarda do filho. A criança apenas teve o azar de estar presa no meio da situação. Depois de anos, Joanna volta e quer a guarda do filho. Aí começa a batalha pela custódia do filho. “Não vai ser bonito. Vamos dizer coisas sobre ela e eles vão dizer coisas sobre você. E no final o juiz sempre pode favorecer a maternidade”, lhe avisa o advogado de Ted.
Ambos querem a guarda do filho. Joanna diz agora que está pronta para ser a mãe que Billy merece. Ted não fica para trás. Despedido, ele sabe que precisa de um novo emprego para ter alguma chance de ganhar a