Kant, descart e santo agostinho

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Questão 2 - Resposta: Em Confissões, Santo Agostinho almeja incessantemente buscar e compreender Deus. Para isso, ele utiliza de um processo de interiorização para encontrá-lo; tendo em vista que crê na premissa de que única e somente no interior de sua alma encontrará o Senhor, que precisará vencer as forças exteriores da sua natureza para percebê-lo.
No entanto, o Altíssimo está acima de sua alma- Agostinho experimenta um sentimento de pequenez -. Porém é a única via para ter o acesso da existência dele (de Deus). Desse modo, forma-se uma relação direta entre conhecer Deus e se conhecer (um processo em que ao decifrá-lo, ele estará se decifrando). Afinal, os homens buscam lugares “faraônicos”, mas esquecem a si mesmos. As memórias também aparecem como peça fundamental na aproximação do divino, uma vez que permite que ele possa ter a dimensão das suas qualidades, defeitos e limitações – Agostinho reconhece, todavia, que é impossível conhecer-se plenamente. Há espaços de “cegueira”, por assim dizer.
A razão humana nos limita na aproximação de Deus, por isso devemos transcendê-la. Para isso, devemos resgatar na própria memória a existência dele. Mesmo que uma lembrança seja esquecida, é possível recordar com uma busca na memória. Afinal de contas, se “esquecemos” Deus, podemos recuperá-lo na memória. Esse é o critério para reconhecê-lo como tal. Agostinho faz uma associação direta entre Deus e a felicidade. Para ele, somente a procura de Deus poderá proporcionar a verdadeira felicidade. Essa procura deve ser realizada por alguém que nutre um amor puro pelo senhor (a verdadeira felicidade só poderá ser experimentada por esse tipo de pessoa)... Deus é a única felicidade. Sem ele, não é possível encontrá-la, ou mesmo, desejá-la.
Se Deus é felicidade, alegria e verdade; logo persegui-lo significa dizer que estamos nos aproximando desses elementos... Agostinho também percebe que Deus habita na consciência de todos nós, porém é necessário despertá-lo na memória

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