Jusnaturalismo e a peça de antigona

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Pelo estudo da corrente jusnaturalista, nota-se que ela se desenvolve a partir do século XVI, com o intuito de aproximar a lei da razão, em busca de um Direito mais justo. É um movimento que pode ser considerado abstrato e anti-científico, o jusnaturalismo cedeu espaço para o surgimento do positivismo jurídico, ou lei natural, enfoque utilizado na peça de Sófocles, onde Antígona representa a lei divina, infringe o decreto de Creonte por entender que há uma lei universal, que transcende do poder de um soberano, essa lei trata-se da lei dos Deuses, que dá ao ser humano um direito digno, independente do que ele tenha feito.
A peça foi marcada pela sociedade grega, uma cultura mitológica, a presença e influência divina constante na vida dos cidadãos mantêm uma caracterização dentro da legislação vigente da época, onde para cada atividade e fenômenos naturais deve haver um deus específico, protetor e referencial. E como vimos à peça trágica de Sófocles se torna um dos mecanismos importantes de denúncia dos conflitos que acontecem no meio social. A tragédia de Antígona apresenta um conflito entre leis humana e divina, existentes numa sociedade que é influenciada pelos deuses e suas atividades, mas também pela palavra do patriarca. A tragédia se define por meio de um conflito, sendo aquele da ordem da relação entre a natureza e a lei. Em outros termos, isso significa um conflito, por exemplo, entre leis humanas e divinas, entre o indivíduo e sua constante fuga em cumprir um destino determinado. É essa análise que será feita, o conflito da peça grega e a crítica da peça para a sociedade. A presença dos deuses na vida dos gregos está diretamente ligada a todas as etapas de vida, seja desde o nascimento, o crescimento, o trabalho e principalmente o destino. Incluindo também a vida depois da morte. Essa relação se fez presente historicamente para que pudessem ter uma referência à qual iriam remeter as súplicas e oferendas, manifestando-se, assim, como seguidores de

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