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FICHAMENTO DO TEXTO DE MIGUEL REALE

Martins da S. Nery Filho
Faculdade Baiana de Direito
Turma: 1A

Os gregos teorizavam mais sobre o Direito e o que era o “Justo”, orientavam-se pela especulação, “saber pelo saber”. Consequentemente a Grécia teve como resultado filósofos, Homero, Fídias, Platão e Aristóteles enquanto Roma obteve resultados mais concretos como a Republica, o Império, Corpus Juris.
Roma, ao contrario dos gregos, fazia o uso prático da razão, pela primeira vez alcançaram a noção de Direito como voluntas, forma imperativa de regra, impuseram limites às ações das pessoas na sociedade. Igualmente como se fala em um “Milagre Grego” pode-se referir ao “Milagre Romano” porque os pensamentos foram substituídos por instituições sociais.
Jhering diz que os romanos era um povo com interesse egoísta e este interesse se transformou em uma poderosa organização jurídica, como diz Jhering “o sistema de egoísmo disciplinado”. Essa organização foi resultado de uma mentalidade pragmática, calculista, com a conquista de um vasto império resolveu dar uma organização e uma disciplina jurídica objetivando a paz e o progresso, uma garantia de paz sem ser contestado.
O Senso de ordem, coordenação pacifica, não faltou aos romanos e estes viram a necessidade de criar uma nova Ciência, que se diferenciava da Política e da Ética, essa Ciência foi denominada de Jurisprudência.
Em Roma percebe-se que a briga das classes consistia em estender os privilégios das classes mais altas para as mais baixas, não tinham como objetivo diminuir o privilégio de uma classe. A Lei das XII tábuas proporcionou em parte esse acontecimento.
Os romanos souberam organizar sua sociedade juridicamente. A jurisprudência criada não tinha um valor sistemático, foi criada com base na interpretação das necessidades sociais e econômicas. Era um trabalho de tipificação normativa que pareava o fato, valor e norma. Não possuía conceitos abstratos, unem a ideia ao fato para este ordenamento não