Jovens

Trata-se de um estudo de caráter quantitativo que analisou a situação de jovens entre 14 e 29 anos na escola e no trabalho por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Considerando a importância da dimensão do trabalho na vida de grande parcela dos jovens brasileiros, a análise dos dados buscou responder às seguintes questões: 1. Para quais jovens e em que momento da juventude o trabalho e a busca por trabalho apresentam-se como importantes? 2. De que maneiras diferentes jovens combinam (ou não) trabalho e estudo? 3. Quais jovens são mais atingidos pelo desemprego? 4. Em que tipo de ocupação, em que condições e com qual jornada estão inseridos os jovens no mercado de trabalho do país? 5. Quais seriam os encontros e desencontros entre a situação juvenil no mercado de trabalho e as ações públicas, particularmente de âmbito governamental, que estão sendo desenvolvidas para os jovens? Os resultados indicam que para além da presença do trabalho e do estudo na vida dos jovens e da combinação trabalho e estudo, é preciso observar as diferenças existentes no tempo da juventude, quando consideradas as diferentes faixas etárias, e também as múltiplas desigualdades a que os jovens estão sujeitos, quando observada a diversidade de classe social, sexo, raça e escolaridade. Por fim, o estudo também aponta a necessidade de uma ampliação de ações públicas que para além de envolverem a qualificação e a facilitação do acesso às vagas ofertadas pelo mercado, mas que também atentem para a realidade vivida pelos jovens nos espaços de trabalho.
O estudo, resultado da parceria da organização Ação Educativa e Instituto Ibi, com apoio do Dieese, apresenta um panorama atual em que as transformações na instituição escolar e no mundo do trabalho têm um lugar importante na vida juvenil: 66% da população jovem (de 14 a 29 anos) estão no mundo do trabalho, trabalhando ou em busca de trabalho. Hoje, os jovens são apontados como um dos grupos mais afetados pelo aumento do