Jonas

Maquiavel:

Em linhas gerais, Maquiavel acreditava que a sociedade deveria ser estudada como de fato era, não como uma ideia ou um sonho ou uma utopia.
A Magnum Opus de Platão ( "A República" ), que descrevia um estado idealizado e teorizado como perfeito e funcional, foi um dos alvos de critica de maquiavel por exemplo

O tal do Príncipe que ele descreve, deveria ser uma pessoa dotada de virtù, ou seja, a capacidade de se moldar à sociedade e não esperar o inverso. O papel do Príncipe é só e somente um: manter a integridade do estado e a sua manutençao com o tempo e sendo assim, nem todo tipo de ação aparentemente má teria resultados maus e nem toda ação aparentemente boa teria resultados bons no contexto da sociedade em questão, cabendo assim ao principe ter o dom do dissernimento no gerenciamento do Estado na dosagem e tipos de ações a serem tomadas em determinado momento
Desse resumo veio o famoso trecho: "Os fins justificam os meios"
---

Rosseau:

Não um "Principe", mas sim um contrato feito pelas pessoas de modo que elas mesmas possam se governar.
O atestado da razão humana leva ao estado da convivencia, do aparecimento da sociedade em si.
Apesar de Maquiavel também fazer claros elogios a sistemas de república por exemplo, o enfoque de Rosseau é absoluto: A "vontade geral" do povo deve ser respeitada e para tanto, o povo necessita de voz, ou seja, de ser representado de alguma maneira e desta forma o papel do Estado seria unica e exclusivamente o de efetivar as decisões tomadas pela vontade geral
Mesmo quando ele traça paralelos em relação ao tamanho do Estado em si, em relação ao tipo de governo mais eficiente ( monarquia em Estados grandes, aristocracia em médios e democracia em pequenos ), ele deixa transpassar a sua preferencia no tocante à corrupção, caracteristica esta inerente à condição humana ( a parte não racional do homem )
---

Diferenças:
O próprio Rousseau disse em seus escritos que o livro de maquiavel poderia ser considerado