jogo

Actualmente, ao observarmos as brincadeiras das crianças percebemos que estas repetem papéis inspirados pelos programas televisivos, protagonizando as vivências dos personagens de desenhos animados. Quando questionamos um grupo de crianças que frequentam o ensino primário sobre quais são as suas brincadeiras preferidas, praticadas com seus colegas na escola ou nas suas casas obteve-se como resposta “ jogos de vídeo, futebol, bola e boneca".
Neste sentido, os jogos tradicionais infantis são actividades significativas e fundamentais para o desenvolvimento das crianças e podem ser apreciadas pela educação formal de forma eficaz. A criança ao jogar reconstitui a realidade através de sua acção lúdica, onde se reflecte as suas condições concretas e onde o conteúdo é o aspecto característico central elaborado pela criança a partir das actividades dos adultos e das relações que se estabelecem em sua vida social.
As crianças são especialistas em brincar e, nas actividades lúdicas, elas desenvolvem os seus aspectos cognitivos, afectivos e motores. O jogo, portanto, é um dos recursos concretos para o desenvolvimento infantil. As experiências e as acções lúdicas são fundamentais na autoconstrução da infância. No brincar, no jogar as crianças correm, saltam, lançam, imitam, fazem de contra, sempre de forma alegre e com prazer. Essas acções lúdicas produzem efeitos significativos que caracterizam todo o seu processo de desenvolvimento. Através dessas acções, a criança comporta-se intencionalmente, buscando a sua transcendência. Nos seus raros momentos sem ocupação, no entanto, a criança ainda brinca, no jogo, o movimento é consciente, reflectindo as múltiplas expressões e dimensões do universo infantil. Nessa acção, a criança torna-se um ser único e social, indivisível no que diz respeito às relações corpo e mente. O agir intencional da criança no mundo fica evidenciado nas suas acções lúdicas, pois, através da representação da realidade, ela utiliza símbolos e signos que