“Janela da alma”

O documentário “Janela da alma” levanta um questionamento: Afinal, como vemos o mundo?
Através dos olhos ou muito além deles?
No documentário, por exemplo, nos mostra diferentes formas de experiência da visão exemplificada através do depoimento de diversas pessoas com dificuldades visuais, desde os mais leves como miopia até a cegueira total. A percepção do mundo não é necessariamente percebida apenas pelos olhos. Enxerga-se também pela sensibilidade, pelas emoções e pela capacidade, que todos temos, de enxergar além do que se vê. “o ato de ver vai além do que é visível inclui também o invisível”. Essas formas de percepção são constantemente modificadas por nossa bagagem subjetiva que filtram aquilo que enxergamos fazendo com que tomem um novo sentido. “A maioria de nós e capaz de ver com os ouvidos de ouvir e ver com o cérebro, com o estômago e com a alma. Vemos em parte com os olhos mas não exclusivamente “Como prova desse argumento, temos os deficientes visuais. Mesmo sem verem as pessoas, as luzes, os dias e as formas; sabem diferenciar as pessoas com quem se relacionam, sabem chegar certamente aos lugares que desejam, sabem distinguir quando alguém está bem ou está mal emocionalmente e sabem até ter uma certa noção das horas do dia.
Muitos que já enxergaram algum dia, ainda lembram perfeitamente das coisas como elas eram uma praça, o mar, enquanto outros preferem se esconder atrás dos óculos, para não terem uma visão tão ampla do mundo como ele é, mesmo assim ainda consideram a transfiguração como a coisa mais importante para o artista, ou seja, o modo como enxerga fisicamente o mundo não influencia seu trabalho. Se existe uma coisa positiva em não se enxergar, é o desenvolvimento dos outros sentidos como o olfato, a audição e o tato no documentário isso é retratado de forma muito interessante, mostrando como um homem cego pode ser um fotógrafo, sua sensibilidade e como ele pode fazer um trabalho tão difícil, para quem não consegue enxergar, com tanta