Iracema - Análise de obra

JOSÉ DE ALENCAR E O BRASIL

José de Alencar, maior prosador do Romantismo, escreveu Iracema em 1865, alguns anos depois da Independência do Brasil (1822). Dessa forma, qualquer texto ou livro publicado naquela época buscava criar uma identidade, um símbolo nacional, algo que se tornou necessário em meio às sociedades. Durante a leitura do livro “Iracema” pode-se perceber que há uma valorização da natureza e do povo que aqui viviam, pois o livro tinha como objetivo criar uma literatura verdadeiramente nacional para mostrar uma grande diversidade cultural brasileira. Iracema faz parte de uma trilogia indianista, que se caracteriza por textos escritos por autores que não são nativos e apresentam uma imagem idealizada do índio, mostrando que o Brasil não era preso às ideias lusitanas e que tinha identidade autônoma. O índio, nessa época, era tratado como um herói nacional e idealizado, seguia os padrões do estilo Romantismo, período em que os artistas buscavam suas inspirações na natureza e nas questões políticas e sócias do país.

ANÁLISE DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

TEMA
O tema do livro é a origem e construção da cultura brasileira, o autor trata do tema a partir da trágica historia da índia que se apaixona pelo guerreiro branco. Amor proibido, visto que a jovem estava predestinada a guardar o segredo da tribo dos tabajaras.

ENREDO
Na primeira parte o autor mostra o encontro de Iracema, a virgem dos lábios de mel com o guerreiro português, Martim. Desse encontro surge um incontrolável amor entre eles. Iracema, porém, é filha de Araquem, pajé dos tabajaras, e guarda o segredo de jurema. Por isso deveria permanecer virgem.
A segunda parte conta que Iracema decide fugir com Martim pois se entregou a ele durante um sonho, a jovem abandona o lar e a família para viver com o guerreiro. Iracema, grávida, se afunda em saudade e angústia.
O terceiro momento relata o sofrimento de Iracema ao perceber que Martim não é feliz. Ao retornar de uma batalha, Martim se