Introdução à teologia [HT]

Introdução à teologia [HT] Essa frase resume a tarefa de todo cristão e, em particular, de todo teólogo: interpretar as verdades de fé para novos tempos e contextos sem deixar de manter-se fiel a essas mesmas verdades. O teólogo Paul Tillich afirma que não foram muitas as teologias que conseguiram equilibrar uma honesta fidelidade à verdade com a necessidade de reinterpretá-la para novas gerações. Das duas, uma: ou nega-se as verdades de fé por reduzi-las a situações particulares que, certamente, atendem a interesses de grupos particulares, ou nega-se as novas situações com a pretensão de se guardar uma pureza e imutabilidade dessas mesmas verdades.

A TEOLOGIA E AS SITUAÇÕES DE NOSSO CONTEXTO A teologia sai de uma dimensão mais “clericalizada” para uma dimensão mais “leiga”. No tempo atual, a sociedade brasileira, e não somente as igrejas, é uma interlocutora privilegiada no diálogo com a teologia. Isso exige mais da formação teológica, não restrita à formação de ministros (pastores, padres e missionários), mas na capacitação dos muitos leigos que formam essa mesma sociedade. Assim, o discurso teológico é desafiado a ser menos reprodutivo ou mero reflexo, e mais criativo e autônomo, ou seja, teologia-fonte. Neste específico, poderíamos inserir o desafio de “reconciliar” a linguagem teológica mais acadêmica com a linguagem da fé-experiência. No sentido de superar a separação entre teologia-reflexo e teologia-fonte. Mais ainda, superar o fato de que a teologia-reflexo é a reprodução exclusiva dos pastores(as) e a teologia-fonte exclusividade da academia. Assim, se a América Latina e o Brasil estão, de fato, tornando-se espaço de produção teológico cada vez mais intenso, ou seja, deixando de ser teologia-reflexo para assumir a criatividade e a autonomia da produção (Teologia-fonte), é preciso atentar para as palavras de Calvani: “O lócus privilegiado da teologia é a vida da comunidade e a experiência litúrgica. Sua linguagem privilegiada é a dos