Introdução aos estudos históricos: história cultural

A História cultural investiga representações e imaginários, isto é, "re-apresentações" do outro, produzidas num âmbito específico e para isso ocupa-se da cultura de um certo lugar em determinado período do tempo, mas sem estar diretamente ligada a historia política ou a história oficial (aquela contada pelo estado) deste. Freqüentemente combina as abordagens da antropologia e da história, mas sem dar tanta importância à cronologia. Relaciona-se com várias áreas das ciências humanas e sociais, como a antropologia, a literatura, a psicologia, a arquitetura, a comunicação, as artes visuais, o teatro e o patrimônio, por exemplo.
Há muitas definições de cultura. Entre elas, Herskovits destaca que cultura é a parte do ambiente feito pelo homem, nela está implícita que a vida do homem transcende em dois cenários: o habitat natural e seu ambiente social. O conceito de uma "História da Cultura" nos remete ao fim do século XVIII e baseia-se na crença do Iluminismo de que se deve observar e estudar o contínuo e permanente desenvolvimento da humanidade, inclusive elementos e comportamentos conscientes ou inconscientes decorrentes de determinado evento e/ou fenômeno. Os marxistas por sua vez tendem a identificar tal história apenas com estudos das formas de consciência social ou aspectro ideológico de superestrutura.
A história da cultura ou Geistgeschichte é baseada em conceitos de Volksgeist, Zeitgeist e Weltanschauung – o primeiro é o espírito nacional ou popular, o segundo é o espirito da época ou tempo já o ultimo refere-se ao espírito da visão do mundo. Peter Burke divide a histórica cultural em quatro momentos: 1ª - A clássica, entre 1800 e 1950 2ª - História Social da Arte, que começou na década de 1930
3ª - História da Cultura Popular, surgida na década de 1960
4ª - Nova História Cultural, a partir da década de 1980
Inicialmente os historiadores concentravam seus objetos de estudo na interpretação da arte, filosofia, literatura, música e ciência, ou seja,