Introdução ao estudo do direito

2564 palavras 11 páginas
A produção, confecção e circulação dos livros medievais eram sempre cercadas por múltiplos obstáculos que lhes tornavam difícil o acesso. O primeiro e principal obstáculo era de ordem econômica. O livro custava caro.
Um livro requeria grande quantidade de pergaminho (de acordo com o formato, obtinha-se de dez a dezesseis folhas por pele) e o pergaminho era um material oneroso. A difusão do papel chiffon, ocorrida na Espanha desde o século XII, na França no XIII, permitiu baixar o preço. Mas é somente no século XIV e, sobretudo, no XV que o uso do papel se difundiu largamente no domínio do livro manuscrito.
Com igual superfície, calculando-se a partir de documentos franceses, o papel podia tornar-se cinco vezes mais barato que o pergaminho no século XIV e até treze vezes mais barato no século XV, graças ao aprimoramento das técnicas de papelaria e à multiplicação das oficinas de papel. Mas em outros lugares, especialmente na Alemanha, a diferença foi menor. De qualquer modo, o ganho sobre o preço total do livro permanecia relativamente limitado, na ordem de 10 a 20%, somente em relação às obras em pergaminho.
A relativa modéstia desse ganho permitiu a esse tipo de livro guardar uma posição suficientemente sólida, visto que muitos letrados parecem ter tido um preconceito desfavorável contra o livro de papel, julgado, ao mesmo tempo, menos nobre e menos sólido, sobretudo para os textos importantes e para obras pelas quais o dono se apegava, desejando transmiti-las aos descendentes.
O fator principal do elevado preço era o custo da cópia. Os bons copistas eram raros. No final da Idade Média, os "scriptoria" monásticos haviam perdido o essencial de sua importância e a maior parte dos escribas seria artesãos profissionais que se encontravam principalmente em grandes cidades, nas capitais da nobreza e as cidades universitárias.
Mesmo deixando de lado o caso dos livros de luxo ornados de miniaturas, verdadeiras obras de arte destinadas aos grandes senhores e aos

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