INTREPIDA AB ORIGINE

“INTREPIDA AB ORIGINE” – Margarida Maria Santos Dias

O fragmento da obra a ser tratado neste ensaio traz consigo elementos importantes para compreensão no que se refere à formação do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP) e a produção oriunda do mesmo para formação da Identidade Paraibana, trazendo consigo a notoriedade e importância de suas produções ainda em meados de 1905 e que, sem sombra de dúvida, permitiu à autora da obra em questão, a formulação do termo “Paraibanidade”, partindo, é claro, de uma perspectiva já existente em outras obras de cunho historiográfico no Brasil, como honestamente sinaliza Margarida Maria Santos Dias quando cita Maria Arminda do Nascimento Arruda, Ieda Gutfreind e José Murilo de Carvalho em sua obra, deixando clara a importância da formação do conceito de “Paraibanidade”. Partindo da constatação da ausência de estudos que tratem da historiografia paraibana, Margarida Maria Santos Dias encontra na formação do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano um tipo peculiar de sistematização da história local, de sua preservação e difusão em variados âmbitos de estudo. E nisso, a autora torna explícita a historiografia como parte de um projeto específico de concepção de história local, ou mais precisamente de história paraibana. E, diante disso, torna-se perceptível a originalidade de sua pesquisa e autenticação diante de outras obras que tratem do mesmo tema. As críticas a História tida como “factual” ou “positivista” proporcionaram no decorrer do tempo, um tipo de menosprezo aos trabalhos que se enquadram dentro desse tipo de perspectiva. No entanto, esse menosprezo procede de uma avaliação real do seu poder de influência, e nisso, pode-se dizer que tais críticas surgem para atender os anseios de variadas sociedades, sejam eles explicáveis por uma construção anterior à histórica, ou não. No caso da Paraíba, é notável a existência casos específicos de enaltecimento documental, como no caso do historiador e professor