intertextualidade
Durante os anos 60 escritora Juliana Kristeva, e formada em pesquisa em letras, analisava a teoria do formalista russo Mikhail Bakhtin, sobre a dimensão das palavras no espaço dos textos e concluiu que o texto é um cruzamento de palavras. Segunda ela o termo intertextualidade é o conjunto de enunciados tomados de outros textos que se cruzam e se relacionam. “Todo texto é a transformação de um em outro texto”, ou seja, um texto só existe em relação a outros textos anteriormente produzidos, seja em conformidade ou em oposição ao texto preexistente. (OLIVEIRA, 2010).
Sendo assim, a expressão intertextualidade pode ser definida como um diálogo entre dois textos e se refere, basicamente, à influência de um texto sobre outro. Na verdade, em diferentes graus, todo texto é um intertexto, pois, ao escrever, estabelecemos um diálogo às vezes inconsciente e às vezes não, com tudo o que já foi escrito. Assim, cada texto é como um elo na corrente de produções verbais, retomando textos anteriores, reafirmando uns e contestando outros. (MOISÉS, 2004) Tudo que é elaborado se baseia em nossa própria experiência de vida, por isso é comum em filmes, trechos de músicas ou poemas termos a sensação de que já vimos algo parecido antes. Na verdade, há muitas vezes uma recriação ou uma releitura de textos. (GOMES, 2013). Na intertextualidade: temos vários gêneros, como: epígrafe, citação, referência, alusão, paráfrase paródia, pastiche.
A Epígrafe origina-se do grego epi = em posição superior e graphé = escrita. É o título ou inscrição de uma frase que serve como tema de um determinado texto, constitui uma escrita introdutória de outra. É uma curta citação colocada em uma página no início da obra ou em destaque na abertura de um capítulo. Funciona como um resumo do que se vai ler em seguida. (SESSA, 2006).
Exemplo:
“Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria”. (Renato Russo, 1989)
“Os verdadeiros analfabetos