Inteligência artificial
Anderson:
“Se nevar amanhã, iremos esquiar”
“Se formos esquiar ficaremos contentes”
“Nós não ficaremos contentes”
Segundo essas proposições, pode-se deduzir a partir de (2) e (3) uma quarta proposição: “Nós não iremos esquiar”. Finalmente, a partir de (1) e (4) pode-se deduzir (5): “Não nevará amanhã”. O raciocínio lógico é correto, mas não se pode defender com segurança as deduções retiradas. Podem haver muitas outras razões para que o descontentamento ocorra além de uma possível falta de neve. Isto é, muitos são os modelos mentais que podem ser construídos a partir da terceira proposição. Porém, o logicismo apresentado se reduz a (4) e (5), já que se resume às premissas explícitas. Já o raciocínio espontâneo recorre a todos conhecimentos que tem sobre a situação. Assim, extrapola as premissas explícitas relacionando um conjunto de conhecimentos muito mais vasto.
Mesmo Lévy (1990), um otimista confesso, sugere que a lógica é uma tecnologia intelectual datada, que é baseada na escrita e não no pensamento natural.
De fato, a maioria dos raciocínios humanos não se utiliza de formalismos lógicos e regras de dedução. Reside nisso a impossibilidade da Inteligência Artificial baseada na lógica formal de chegar a uma simulação profunda da inteligência humana. O que a Inteligência Artificial pôde produzir é uma nova tecnologia intelectual, como