Integridade de pesquisa

A expressão “integridade da pesquisa” esta sendo utilizada para demarcar um campo particular na ética profissional do cientista, conhecida como a esfera de deveres éticos em que o cientista deve seguir, realizando suas atividades propriamente científicas. Por um lado pode-se distinguir no interior desta esfera, o conjunto dos deveres derivados der valores éticos mais universais que os especificamente científicos. Aqueles que compõem o campo da chamada Bioética são dessa natureza, que são derivadas por exemplo, do valor que é o respeito a integridade física, psicológica e moral dos seres humanos e do interdito de submeter animais a tratamento cruel.
A ética profissional do cientista inclui um conjunto de deveres derivados de valores éticos especificamente científicos, valores que se empoe ao cientista em virtude de seu compromisso com a própria finalidade de sua profissão: a construção coletiva da ciência como um patrimônio coletivo. O principio desse campo particular da ética profissional é: ao exercer suas atividades cientificas, um pesquisador deve sempre visar a contribuir para a construção coletiva da ciência como um patrimônio coletivo, deve abster-se de agir, intencionalmente ou por negligencia, de modo a impedir ou prejudicar o trabalho coletivo de construção da ciência e a apropriação coletiva de seus resultados.
O compromisso de um cientista com a finalidade de sua profissão submete-o a deveres profissionais de duas espécies. Há o compromisso com a qualidade cientifica dos resultados de seu trabalho. Quando se ouve ou se lê uma comunicação cientifica pressupõe-se que o autor utilizou os procedimentos cientificamente adequados, pressupõe-se também que relatou fielmente os procedimentos que utilizou e seus resultados. As ações de um pesquisador que contrariam estes pressupostos constituem condutas eticamente inadequadas do ponto de vista da integridade da pesquisa. Os tipos mais graves desta conduta são: a fabricação e a falsificação. Os deveres do