Instinto e inteligência

Instinto e inteligência- Henri bergson

Logo em seguida ele começa a falar sobre o Torpor ¹, instinto e inteligência que são finalmente, os elementos que combinavam no impulso vital comum às plantas e aos animais, e que no decorrer de um desenvolvimento em que manifestaram nas mais imprevistas formas, se dissociaram puramente devido ao fato de seu crescimento .
O fato é que inteligência e instinto,tendo por se interpenetrar, conservam algo de sua origem em comum. Nem uma e nem outra jamais se encontraram em seu estado puro. Pois na planta podem despertar a consciência e a mobilidade do animal que nela adormecem, e que o animal vive sob constante ameaça de um desvio para a vida vegetativa. Mas tanto na planta quanto o animal, penetravam-se reciprocamente tão bem a princípio que jamais houve completa ruptura entre elas: uma continua pairando sobre a outra; por toda parte as encontramos misturadas; a proporção é que difere. E é exatamente o mesmo que acontece com a inteligência e o instinto. Não há inteligência onde não se descubra algum vestígio de instinto. Então concluindo que inteligência e instinto sejam coisas da mesma ordem, e que não há entre eles senão uma diferença de complexidade ou de perfeição, e sobretudo que um dos dois seja exprimível em termos do outro. Na realidade, eles só se acompanham porque se completam, e só se completam porque são diferentes: o que há de instintivo no instinto é de sentido oposto ao que há de inteligente na inteligência.
¹ TORPOR- “É um estado mental natural, causado por alguma doença ou induzido, que pode durar de poucas horas até meses. Torpor e hibernação são coisas diferentes. Algumas espécies de animais utilizam para poupar energia, mas é diferente do sono normal. Pode ser feito de várias maneiras: baixando, diminuindo a temperatura corporal (hipotermia), diminuindo o ritmo cardíaco, a respiração e diminuição das funcionalidades de outras funções do corpo. É vital para algumas espécies realizarem o torpor para