Infraestrutura

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ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES
NO CERRADO BRASILEIRO ATRAVÉS DE MODELOS DE EQUILÍBRIO
ESPACIAL
Ricardo S. Martins

FACE / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Universidade de São Paulo [e-mail]. Homero F.de Oliveira

Unioeste / Campus de Toledo
Naval Postgraduate School (EUA) – UFSC [e-mail] Resumo - O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar o impacto de investimentos selecionados nos sistemas de transporte com externalidades na formação de mercados em áreas do cerrado brasileiro: Ferrovias Ferronorte e Norte-Sul, Hidrovia Tocantins-Araguaia e BR-163. A metodologia utilizada consistiu no desenvolvimento de modelos de equilíbrio espacial por programação matemática não-linear. Os corredores de transporte com indicadores mais sólidos de viabilidade, foram: Centro-Norte, composto pela Ferrovia Norte-Sul, pela Hidrovia
Tocantins-Araguaia e pelo Porto de Itaqui; e Oeste-Norte, formado pela BR-163 e Porto de
Santarém.
1. INTRODUÇÃO
Desigualdades entre as economias regionais e nos respectivos sistemas de transporte são marcantes na realidade brasileira. Os mercados mais sólidos concentram-se nas regiões Sul e
Sudeste, que também têm melhor dotação de provisão na infraestrutura. Sousa (2002) relacionou estas variáveis, indicando que os gastos públicos em infraestrutura estão entre os principais fatores explicativos da localização da indústria brasileira nos anos 1970 e 1980, à frente de outros indicadores convencionais, tais como potencial de mercado, subsídios e níveis educacionais.
Enquanto isso, mercados longínquos e de difícil acesso representam um grande desafio logístico para produtos e serviços, muitas vezes ocorrendo que os custos de transporte sobreponham-se aos ganhos potenciais de escala proporcionados por pacotes tecnológicos.
No caso dos transportes, sistemas mais eficientes, representados na