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O filme conta a estória do professor David Gale, interpretado por Kevin Spacey, que vive um idealista na luta contra a pena de morte. No desenrolar da trama, ele é acusado por estupro seguido de homicídio de sua colega de trabalho, se colocando, por assim dizer, incluso na causa pela qual luta. Trazendo uma série de questões que merecem debate, o filme como um todo é um convite à reflexão, à análise do caso e das suas circunstâncias.
Vale lembrar que as normas jurídicas brasileiras e de boa parte do mundo, foram inspiradas ou no mínimo influenciadas pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, tão bem alicerçadas pela revolução francesa. Na França, a guilhotina funcionava oficialmente até 1981, quando foi finalmente ab-rogada. A última morte por decapitação, porém, aconteceu em 1977. Nos Estados Unidos, a condenação fatal, por diferentes métodos, continua ativa em vários Estados. Por tanto, a primeira consideração observada, é que a pena de morte foi aceita socialmente pela maior parte das pessoas por toda história humana e até hoje é praticada, mesmo que isoladamente.
No ponto mais baixo (ou alto) de sua vida, Gale foi condenado. As provas materiais, os fatos e indícios, solidificaram a convicção de culpa por estupro e assassinato e em se tratando de crime hediondo, foi condenado à morte e com certo clamor e aceitação da população que torcia pela realização da justiça. De fato, a condenação à morte encontra apoio social e se justifica em termos “pedagógicos” na visão americana (USA), principalmente. Neste mote é convidativa a reflexão fundamental deste filme: o risco de se condenar um inocente em face da necessidade de reclusão ou assassinato daqueles praticantes de crimes.
Frente a este dilema, a ciência jurídica, principalmente em sua face penal, nos traz o principio in dubio pro reo, isto é, a presunção de não culpabilidade, a ideia de que todos são inocentes até que se prove e comprove o contrário. Gale, não teve a seu favor tal fundamento