Indícios Trágicos na obra “Os Maias”

Indícios Trágicos na obra
“Os Maias”

Marta Calado Nº20
11ºA3

A intriga: Indícios Trágicos
•As personagens pertencem a um elevado estatuto social;
•O tema do incesto na concretização dos amores entre Carlos e Maria
Eduarda conduz à destruição das personagens.
• A influência do Destino referido ao longo da obra:
- a escolha do nome Carlos Eduardo por sua mãe Maria
Monforte, porque “ um tal nome parecia-lhe conter todo um destino de amores e façanhas”. (cap. II);
- João da Ega referindo-se ao amor de Carlos, “supusera um romancezinho, desses que nascem e morrem entre um beijo e um bocejo… pelo modo que Carlos falava daquele grande amor… o seu irreparável destino.” (cap. XII)

- O próprio Carlos vê na semelhança dos nomes Carlos
Eduardo e Maria Eduarda “ a concordância dos seus destinos”; - O uso frequente da palavra “fado”(= destino), ao longo do romance: fatalmente, fatais, fatalidade. Assim os principais intervenientes na ação trágica sentem ou presentem que o destino comanda as suas vidas.
- O próprio Afonso, depois de saber da relação incestuosa entre Carlos e a irmã, se refere a presença do destino:
“vencido enfim por aquele implacável (…)” (cap. XVII)
- O aparecimento de Guimarães (o mensageiro/portador da carta, que provoca o reconhecimento e desencadeia a catástrofe). Presságios
(referências ou situações que prenunciam a catástrofe final)
- Quando Vilaça avisa Afonso da Maia que “eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete” e habitar o Ramalhete era “lenda fatal”;
- Quando Afonso vê Maria Monforte, nas referências comparativas da sua face com “mármore grego” (tragédia grega) e da sombrinha escarlate com que envolvia Pedro a “uma larga mancha de sangue” (suicídio de Pedro);
- Carlos Eduardo é o último dos Maias, tal como Stuart (personagem de um romance lido por Maria Monforte);
- Ega prevê o desfecho dos amores de Carlos da Maia pela sua instabilidade emocional, que acabará numa “tragédia infernal”;